Sofrimento 3 - o show

O fato de não poder levar bebida para frente do palco foi resolvido rapidamente. Bastou um pouquinho de criatividade e um segurança pouco atento para que, em questão de segundos, a minha bolsa estivesse lotada de Kaisers geladinhas. (Tá, essa eu forcei. Não estavam tão geladinhas assim...). Eu e Mayratrix bebemos o show inteiro. E pulamos. E cantamos. E levantamos os braços. (Porque show que é show tem de bater palma e levantar os braços!)

Resumo da ópera: tirando o que não presta, o show foi ótimo. Eles tocaram músicas antigas tipo Estado Violência – que eu me amarro. Detalhe: ninguém sabia a letra. Ninguém cantou essa música. Só eu. Pô, galera, a música é do Cabeça Dinossauro. Um Clássico. Só tem música boa. E tinha até uns coroas do meu lado que tinham a obrigação de saber a letra...

Em compensação, coisas insuportáveis como “A melhor banda de todos os tempos...” (melhor para quem, cara pálida? Só se for pra eles, que encheram os bolsos de dinheiro com essa porcaria), aquela que parece aquele poema do Borges (para mim, é uma cópia, mas tudo bem...) e umas outras lá que eu nem sei o nome, muito menos cantar. Essas TODO MUNDO sabia a letra. Tinha um mané do meu lado imitando bateria na música “A melhor banda...”. Detalhe: o cara estava indo ao delírio. Com essa porcaria? Sem comentários!

O fato é que foi divertido à beça e quem não foi perdeu!