segunda-feira, fevereiro 27

Uma dose dupla de cicuta, por favor.

Segunda-feira de Carnaval. Onze horas da manhã. Você está de folga. E de ressaca. Depois de ter aturado todo tipo de breguice no Pacotão ontem, todas as marchinhas cafonas (Aiatoláááá venha nos salvar que esse governo já ficou gágágá geisel), todos os bebuns insuportáveis, uma sapatão ter dado em cima de você e ainda um toró ter desabado na sua cabeça, hoje você merecia um pouco de descanso, né? É, eu também pensei isso. Mas alguém esqueceu de avisar a minha vizinha que segunda-feira de carnaval de manhã, as pessoas estão com vontade de ficar em silêncio embaixo das cobertas ouvindo a chuva cair lá fora.

Olha, tudo bem ouvir Vanessa da Matta, It's rainning men, a música do pato (aquela que tem um patinho que canta algo do tipo lonely, I'm so lonely...), agora, ouvir OSWALDO MONTENEGRO não dá! Por favor, acordar ouvindo: eu amava como amava um pescador, que se encanta mais com a rede do que com o maaaar...., definitivamente, não dá! Detalhe: o disco é AO VIVO, então o OCHATO MONTENEGRO fica fazendo uou, uou, uou até não poder mais. E a platéia abraçadinha, cantando junto, sabe? Ai, credo!

Vou ali tomar uma cicuta sem gelo e já volto!

sexta-feira, fevereiro 10

Essa Amazônia é da chibata!

Para mim, a Amazônia sempre foi uma foto numa revista ou um Globo Repórter uma vez por ano, mas, semana passada fui pra lá à trabalho e digo uma coisa: é inacreditável! Tá, eu não vi nenhum índio, nem cobra, nem mosquito da malária (ainda bem!), mas eu andei de helicóptero com a porta aberta no meio da floresta, abracei uma árvore de 600 anos e visitei dois municípios no meio do nada: Manaquiri e Caapiranga. Para se ter uma idéia, a frota de veículos de Caapiranga se resume a seis veículos e três caminhões. Pense!

O vice-prefeito de Manaquiri ainda falou pra mim: “vai naquela casa ali que o cara vai te dar uma entrevista da chibata!” Pronto! Agora, tudo pra mim é da chibata. No bom sentido, é claro.

Tomei tacacá de uma senhora no meio da rua e nem passei mal. Tomei sorvete de graviola e de cupuaçu quase todos os dias. Experimentei sorvete de taperebá e não gostei. Faltou comer pupunha com pão e queijo, mas não deu tempo e comi peixe todos os dias. Ah, comprei umas besteirinhas, mas nada de colar de açaí. Primeiro porque eu não uso e segundo porque tem igualzinho aqui na Torre.

Mas, melhor do que sobrevoar a floresta de helicóptero com a porta aberta, foi ter ficado no mesmo hotel que o Frank Aguiar! Eu quase surtei para tirar uma foto com ele para postar aqui, mas, infelizmente, não deu. A gente saiu pra pauta e o cara não tinha chegado, a gente chegou e o cara tava no show, a gente saiu de novo e o cara foi embora. Mas, tudo bem, nada paga o preço de ter pisado no mesmo chão do Cãozinho dos Teclados! Isso sim foi uma experiência da chibata!

Em breve, fotos!