quinta-feira, janeiro 27

A arte de matar um pernilongo

Eu não sei. Me concentro. Miro. Coloco o bichinho entre as minhas mãos, mas na hora que eu bato a palma, não sei o que acontece. Ou eu erro, ou não coloco força o suficiente e o bichinho sai voando como se nada tivesse acontecido.

Na verdade, eu tenho nojinho daquele sanguinho que sai. E que eu sei que, muitas vezes, é o meu sangue que aquele maledeto sugou a noite toda.

Como essa noite, por exemplo. Você conseguiu dormir? Parabéns! Porque eu não consegui. Um pernilongo muito do pentelho conseguiu me atazanar a noite toda.

Cobri o ouvido, e ele lá. Mudei de posição, e ele lá. Mudei de posição de novo, ele lá. No auge da revolta, acendi a luz e fui à luta. É claro que o bichinho não deu as caras, né? Apaguei a luz de novo. Ele apareceu.

Depois de acender e apagar a luz três vezes, cheguei ao ponto de montar uma tática de ataque. Acendi a luz e fingi que estava dormindo tranqüilamente. A tentativa de enganar o pernilongo, obviamente, não deu certo.

Confesso que fiquei com algumas dúvidas: será que o pernilongo sabe quando a gente está fingindo que dorme? Será que faz diferença para o pernilongo estar com a luz acesa ou apagada? E, afinal, ONDE os pernilongos se escondem?

Seis e meia da manhã e ele continuava lá me enchendo o saco.

Foi aí que eu cheguei a duas conclusões:

1- Pernilongo não dorme.
2- Até um pernilongo consegue me vencer! Que vergonha!

Ai que vontade que dá!

Pensem em como é difícil para mim trabalhar em cima de uma Arezzo, de uma M. Officer e de uma Jogê. Agora, como se não bastasse tudo isso, vai inaugurar hoje aqui no Liberty um Boticário.

O pior foi o estagiário aqui do trabalho dizer: o que que tem um Boticário aqui embaixo?

Santa ingenuidade, Batman! Ele não sabe como a mão de uma mulher coça só de olhar aquela vitrine com todos aqueles produtos maravilhosos...

quarta-feira, janeiro 26

Amanhã será um lindo dia!

Coisas que me aconteceram ontem:

Acordei com sono
Levei um tombo
Derrubei leite na casa toda (até na porta do meu quarto)
Deixei o carro na oficina
Saí com roupa de calor e fiquei com frio
Fiquei presa no elevador (lógico que não estava sozinha)
Subi seis andares de escada
Cheguei bufando no trabalho
Não fui para a acupuntura
Voltei pra casa cansada
Dormi mal


Ontem não foi divertido. Ainda bem que já passou...

sexta-feira, janeiro 21

Uma das muitas coisas que não entendo...

Qual é a função da menta na nossa sociedade? Pasta de dente de menta? Ok. Chiclete de menta? Ok. Balinha de menta? Mais ou menos ok. Se for aquela bala que tem o papel verde que você chupa, chupa, chupa e a única coisa que acaba é a sua saliva, porque ela continua lá, intacta, essa, melhor não. Licor de menta, cigarro de menta, chocolate de menta? Não, não e não.

Digo isso porque ontem fui no aniversário de uma amiga que não via a um tempão. Estávamos todos lá, conversando, ouvindo música e tal, quando chega a hora do Parabéns. E ela simplesmente me traz uma torta linda, maravilhosa e irresistível. Com cobertura de chocolate. Mas aquele chocolate mole, milimetricamente colocado em cima da torta. Aquele chocolate que chega brilha quando bate a luz, sabe?

E essa maravilha era decorada por morangos suculentos, vermelhos, irresistíveis. E o contraste do chocolate marrom com o vermelho carmim do morango estava digno de uma foto. É lógico que ficou todo mundo babando.

Até a primeira mordida.

O cara que fez a torta me fez o favor de estragá-la colocando licor de menta no meio! Agora, imaginem só: uma maravilha de morango com chocolate e aquele caldo verde no meio. O gosto da menta dominou toda a torta. Ficou todo mundo se olhando e perguntando: que que é essa gosma verde no meio? É menta?

E era.

Ontem foi um dia que eu me arrependi muito de ter saído da dieta... próxima vez eu aprendo a lição e como uma coisa que realmente valha à pena. Sem menta, lógico!


PS: Alguém já passou uma tarde em Itapoã? Eu sempre achei que fosse um lugar lindo, charmoso e tranqüilo. Tipo um paraíso. Pois ontem me disseram que Itapoã é uma porcaria e que Dorival Caymmi só podia estar louco quando fez essa música. Diz que a única coisa bonita que tem em Itapoã é a casa do Dorival Caymmi! Pô, numa casona linda, até eu vou achar maravilhoso passar uma tarde em Itapoã, ao sol que arde em Itapoã, ouvindo o mar de Itapoã!

quinta-feira, janeiro 20

Ei, Pessoas!

Estou aqui! Bem aqui, ó!

Apesar do que pode parecer, não, eu NÃO abandonei este blog. É que a correria e a falta de assunto estão tão grandes que não me sobra tempo para postar. Mas este texto é só para pedir que não desistam de mim!

Afinal de contas, somos todos brasileiros. E não desistimos nunca!

terça-feira, janeiro 11

Alô, som, um, dois, três, testando...testando...

Qual é a sua opinião sobre o karaokê?

Eu sempre pensei nisso como um lugar cafona, onde pessoas cantam músicas cafonas do tipo: olha a lua mansa a se derramar, me leva amooooooor. Onde o pessoal da direita canta uma estrofe e o pessoal da esquerda canta outra.

Eu sempre pensei que um karaokê deve ser um lugar engraçado, para você cantar músicas divertidas e não tentar ser uma neo-Elis ou um neo-Pavarotti. Isso é o que mais me irrita. O povo que leva a sério o que seria para ser apenas uma brincadeira.

E ontem eu tive uma constatação que comprova isso. Meu amigo Guiba começou a apresentar o Karaokê Divertido do Café Cancun. Calma! Antes que você comece a pensar qualquer coisa, deixa eu explicar:

Não é um karaokê da terceira dimensão como o que tem no Space Bar. Com a galera cantando que tá indo agora prum lugar todinho seu com uma rede preguiçosa pra deitar e na minha porta uma sinfonia de pardais cantando para a majestade o sabiá. É um karaokê com banda! E que banda! Os Mamutes. Uma galera das antigas que toca de tudo.

Funciona assim: você tem um cardápio de 406 músicas que vão do Wando ao Pink Floyd. Escolhe a que você quer, entrega a fichinha para as Ribetes e espera ser chamado no palco.

Quando você termina de cantar, ganha prêmios fundamentais como Cepacol, desentupidor de pia, balinha de menta, coisas básicas de quem não sabe cantar e se atreve.

O problema é que descobri que existe o Profissional do Karaokê Brasiliense. Uma galera que freqüenta esses lugares e leva a sério o ato de cantar. Tipo uma gangue de Tetês Espíndolas, Osvaldos Montenegros e Ivetes Sangalos que são viciados na brincadeira.

Mas tudo foi ótimo e é um programa totalmente recomendável. O Karaokê Divertido do Café Cancun é legal. De verdade. A única coisa não-divertida da noite foi pagar R$ 3,90 numa long neck. Isso, realmente desanima. Mas o resto é diversão garantida! E quem quiser ir na próxima segunda, pode me chamar que eu topo!

quinta-feira, janeiro 6

Eu voltei. Agora é pra ficar! (eu acho)

Depois de 3.894 latas de cerveja, 300 comprimidos para dor de cabeça e ressaca, muito dinheiro gasto com presente e roupa de reveillon (que no nosso caso foi um heavy on, como diz ms. Aviani), eu estou de volta! É bem verdade que com um pouco de falta de assunto para postar.

O Natal e o Ano-Novo foram ótimos! Tudo aquilo que todo ano tem: comida, bebida e resoluções de ano-novo que, provavelmente, não vou conseguir cumprir a metade. Mas tudo bem. Ano-Novo é para isso mesmo.

Agora que as festas já passaram, eu quero perguntar uma coisa aqui que já estou para perguntar faz um tempão:

Por que as pessoas ficam tão insanas, enlouquecidas e neuróticas na época do Natal?

O quesito iluminação, por exemplo, o que é aquilo? Gente, todas as quadras do Distrito Federal se transformam numa sucursal do Conjunto Nacional!

Na minha quadra, por exemplo, todas as plantas, árvores, palmeiras, tocos de madeira, brotos e qualquer coisa com mais de dois centímetros de altura, receberam um pisca-pisca! Pra que essa neura?

O pior é que é tudo colocado sem a menor coordenação! Eu bem que queria ter tirado uma foto para colocar aqui e provar o meu ponto de vista. Mas aqueles que sabem qual é a minha quadra, dêem uma passadinha lá e vejam por si mesmos. É verdade!

É um pisca-pisca que pisca, o outro que fica parado, o outro tem luz branca, o outro é amarelo e o outro é colorido. Uns são colocados direitinho em volta da árvore, outros são simplesmente jogados de qualquer jeito.

E o pior! Ainda junta com as luzes dos postes (porque eles também receberam iluminação natalina) e com a decoração das varandas do prédio (que cada um faz como bem entender). Até a cabine do porteiro tem pisca-pisca. Tadinho, não pode nem dormir em paz. Ou seja, virou o samba do Papai Noel doido!

Eu tenho um amigo, o Guiba, que diz que nessa época do ano, a mãe dele fica tão louca, mas tão louca, que tudo que brilha, canta musiquinha e faz barulho ela compra para colocar em casa. A neurose é tanta que ele ainda me falou outro dia: Lá em casa tem um Papai Noel do tamanho do seu fêmur! Para quem não me conhece, o meu fêmur deve ser muito grande, dada a minha altura.

Então, amigos, eu lanço aqui um apelo, um motivo para reflexão durante esse ano. Sejamos mais comedidos na decoração de Natal. Uma guirlanda, umas bolinhas, UM pisca-pisca já é suficiente.

Desconfio seriamente de que a profissão do futuro será Personal Christmas Stylist. Alguém que, com o mínimo de bom senso, coloque o mínimo de bom senso onde não existe senso nenhum.

Pessoas, agora sério: Feliz 2005 para todo mundo!

PS: Depois de mudar de número de celular, mandar o número novo errado para todo mundo e depois de dois dias mandar o número certo, fica a pergunta: todo mundo tem o meu novo número certo?